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Turismo no Pará estima amargar prejuízo de R$ 613 milhões, em 2020

A Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), Secção Pará, promoveu na última quarta-feira (10/06) uma mesa redonda virtual para discutir o impacto da pandemia do Covid-19 no turismo de eventos do Pará. A jornalista Christina Hayne, presidente da Abrajet Pará, juntamente com os jornalistas Nilton Guedes (vice-presidente nacional da Abrajet) e Luiz Pires (secretário-geral da Abrajet) receberam para o debate o Secretário Estadual de Turismo, André Dias, a empresária e presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Secção Pará, Cássia Moreira, e o diretor-presidente da OS Pará 2000, Antônio Sobrinho.

“Nossa expectativa sem a pandemia era recebermos em 2020 cerca de 1,6 milhão de turistas no Pará. Diante do cenário atual temos uma projeção para recebermos 743 mil turistas, caso as atividades do turismo sejam retomadas no mês de junho. Se as atividades forem retomadas no mês de setembro, podemos vir a receber 458 mil turistas que representa uma diminuição de 50% do fluxo de turista. E se ocorrer a retomada somente no mês de dezembro, o Pará deverá registrar 175 mil turistas – que são os turistas que nos visitaram no primeiro trimestre deste ano”, comentou o secretário estadual de turismo, André Dias.

Segundo ele, se a retomada do turismo no Pará vier a ocorrer somente em 2021, o prejuízo financeiro está estimado em R$ 613 milhões. André Dias explicou ainda que: “O prejuízo de todos é muito grande. A retomada vai acontecer de forma gradual e diferente nos segmentos do turismo. Em primeiro, devemos ter um retorno do turismo regional com viagens rodoviárias aos balneários; em segundo, o turismo de natureza. Devemos ter o fluxo local, depois nacional e posteriormente o fluxo internacional”.

Os balneários serão os primeiros locais turísticos a serem procurados, pós pandemia.

Antônio Sobrinho, diretor-presidente da OS Pará 2000, informou que a entidade responsável pelos principais equipamentos turísticos do Pará trabalha para criar os protocolos de atendimento e segurança, e assim, possa, o mais breve possível, receber o público. “Estamos vivenciando um ano de aprendizado e precisamos adequar os espaços turísticos. Na sexta-feira (12), teremos uma reunião com os locatários da Estação das Docas para juntos construirmos uma agenda de reabertura do complexo turístico”, disse.

De acordo com Sobrinho, a Estação das Docas, o Parque do Utinga e o Mangal das Garças deverão reabrir no próximo mês de julho para o público em geral, seguindo um rigoroso protocolo de segurança e saúde. Depois, foi a vez da empresária e presidente da Abeoc-Pará, Cassia Moreira, comentar sobre o setor de eventos. “Somos empreendedores. Não podemos pensar um novo normal, o setor de eventos será diferente depois da pandemia. Novas atitudes serão exigidas. Temos que ter uma nova forma de negociar com os patrocinadores, promovermos eventos híbridos e, ao voltarmos, precisamos rever a responsabilidade civil dos eventos junto as seguradoras”, destacou.

Estação das Docas deverá abrir a partir de julho. Imagem: Geraldo Ramos

Para incentivar o setor de evento pós-pandemia, o secretário estadual de turismo, André Dias, ressaltou ainda que está ocorrendo uma aproximação do governo com os promotores de eventos no intuito de estabelecer uma estratégia de permanência dos turistas de eventos. “A Secretaria de Turismo do Pará (Setur) disponibiliza em seu site o Edital de Fomento, voltado para realização de eventos com aporte financeiro de até 50 mil; para eventos culturais e técnico-científico aos interessados em promover eventos no Pará”, explicou.

Por Isa Arnour, Jornalista Portal Pará Trip