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Marcelo Nazareth em carreira solo

Por Luciana Medeiros, do Holofote Virtual
Blog Holofote Virtual

O vocalista, guitarrista e compositor Marcelo Nazareth, ex-integrante da banda “Stereoscope”, agora segue em carreira solo, lançada ano passado com o single “Desde Aquele Dia”, disponibilizado nas plataformas digitais em setembro, e que na próxima semana será ouvido em formato audiovisual. A faixa fará parte do primeiro álbum do músico, que será lançado ao longo de 2021, ainda sem nome definido. Experimental e voltado para a sonoridade da música latina reinterpretada em arranjos “made in Pará”, o videoclipe será lançado no dia 23 de dezembro, às 20h, pelo Canal de Youtube e Instagram (@cremeprd) da produtora CREME.

A canção não é inédita. Foi composta em 1987, por Humberto Gessinger, agora interpretada por Marcelo Nazareth e os Inimitáveis Invisíveis. “Sempre gostei dessa música. Ele é a penúltima do lado B no disco do cara. Eu sempre toquei no violão despretensiosamente. Mas numa dessas vezes, aqui em casa eu fiz uma levada desse nosso brega de Belém. Aquele brega anos 70 e 80. Achei legal, aí resolvi fazer uma demo e depois arranjar arranjar a música toda”, diz Marcelo.

O músico conta que já queria fazer um trabalho audiovisual para cada faixa do álbum e surge assim a ideia desse videoclipe. “Como ela é de fato um brega. E conta uma história na letra de tempos atrás, nada melhor que usar como cenário as ruas antigas de Belém. As coisas da cidade, o clima (chuva) ou até muito sol”, diz.

Marcelo Nazareth formou a primeira banda em 1992, um quinteto chamado Loki (nome do primeiro disco solo do ex-mutante Arnaldo Baptista). Ele era o guitarrista e fazia backing vocal. “Só no shoo bee daudau, como dizia a Rita Lee. Aliás, eu não tinha pretensão de cantar. Bastava tocar bem a guitarra. Trouxe pra essa banda minhas influências que passam pela Jovem Guarda, tropicália e sempre o velho rock”, conta.

A banda durou até meados de 94, tendo como “único feito” uma participação no lendário festival “Rock 24 horas”. Quem não lembra, pesquisa aí, o festival registrou um dos maiores quebra paus do rock paraense, marcando uma década e trazendo consequências, como uma certa marginalização do nosso rock’n roll.

“Passamos por uma seleção de uma seleção de uma penca de bandas. Foi tipo passar no vestibular. Gravamos ensaios de nossas músicas em fita k7. Em 2002 quando formei o Stereoscope, foi o momento em que as coisas deram certo. A banca tinha certa popularidade. Em 10 anos, gravei 3 discos com o stereoscope. Nesse período, além de ser um dos compositores da banda, junto com o Ricardo Maradei e o Jack Nilson, eu também era um dos vocalistas e co-produtor dos nossos discos”, lembra Marcelo.

O álbum, que ainda não tem nome, inaugura a fase solo e recente da carreira de Marcelo, que começou a compor e a gravar em 2019. “Faço as vozes e transito por todos os instrumentos. Tô querendo lançar com 8 ou 10 faixas. Ainda não decidi”, diz .

No momento, a dedicação será à difusão do videoclipe, produzido pelo videomaker e realizador Glaucio Augusto, e Karina Sampaio, que também integra a equipe da CREME, produtora voltada para a comunicação ambiental, videoclipes e conteúdos audiovisuais para web. O trabalho teve participação da Sá Produções Artísticas, com apoio do professor, pianista, compositor e poeta paraense Urubatan de Castro, que cedeu gentilmente a sala de sua casa para as gravações.

Serviço:

O lançamento do videoclipe será no dia 23 de dezembro, às 20h, pelo Canal da CREME no Youtube/ No Instagram da CREME (@cremeprd).