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VoltarJulho, seu lindo, só te digo vem!
Vai dizer que tu não contas os dias para a chegada do mês de julho? Até porque aqui no Pará esse mês é praticamente sinônimo de férias, de praia, de passeio, de diversão.
Opções pra curtir o mês inteiro é o que não faltam em todo o Pará. São inúmeras atrações em todas as regiões do estado, seja qual for o tipo de programação que você queira fazer em pleno verão amazônico. Mas a minha dica é dar uma volta em Mosqueiro, ilha que fica pertinho de Belém, e que completa 124 anos no dia 6 de julho. O aniversário é de Mosqueiro, mas um roteiro inteirinho de coisas legais pra fazer na ilha é um presente pra ti. Espero que gostes.
– Camarão na Ponte:
É só atravessar a ponte que já aparecem várias barracas vendendo camarão. Vale negociar o preço e já sair com uma generosa porção pra ir curtindo a viagem até chegar à praia. Abra a janela do veículo pra aproveitar o vento e o cheiro da mata.
Local: Qualquer barraca depois da Ponte Sebastião R. de Oliveira
Preço: a partir de R$10 a porção
– Baía do Sol:
A Baía do Sol não figura entre as praias famosas de Mosqueiro, até por ser uma das que ficam mais isoladas das outras praias. “Então, porque estás indicando justamente essa?” Deves estar perguntando… primeiro por ser uma praia que pouca gente frequenta. Segundo porque é linda, caprichosamente cuidada pelos moradores e, principalmente, porque a Baía do Sol é a povoação mais antiga da ilha (pensavas que era a Vila, né?). Então senta que lá vem a história: O espanhol Vicente Yánes Pinzón aportou na Baía-do-Sol em janeiro de 1500 e se surpreendeu com a imensidão de águas doces, a que chamou “mar dulce”, segundo consta em registros históricos. No século XVII chegaram os primeiro colonizadores portugueses vindos de São Luís do Maranhão. Até o fundador da cidade de Santa Maria de Belém do Grão Pará, Francisco Caldeira Castelo Branco, passou por lá em 1616 e pensou em instalar o primeiro núcleo de colonização portuguesa, mas desistiu por causa da dificuldade em desembarcar devido à forte maresia na costa da Ilha. Se a história do lugar não te convenceu, vá por causa da praia que é pouco disputada, do coreto que rende fotos lindas, dos moradores que são anfitriões de primeira. Aproveite pra almoçar em uma das barracas que oferece um cardápio variado, mas a pedida é sempre peixe e camarão.
– Orla:
Por volta das 15h/16h vá para a Vila. Aproveite pra fazer um tour pela orla e ir conhecendo as praias que tem no caminho, como a do Porto Artur, Murubira, Chapéu Virado e a do Bispo.
– Vila:
A praça Matriz é um dos points da cidade, com um coreto e vários bancos pra ver a vida passar. O Mercado Municipal, a Igreja de Nossa Senhora do Ó, o Centro de Artesanato e a Rodoviária ficam no entorno da Praça, mas é a tapiocaria que é a grande atração do lugar com várias tapioqueiras que fazem gostosuras em forma de tapioca. São diversos sabores pra ninguém botar defeito e ainda tem o mingau que é pra conquistar de vez a freguesia. Ir comer tapioca na Vila é programação obrigatória de quem visita Mosqueiro.
Preço: A partir de R$2
– Pastelzinho do Oliveira/Pastelzinho do Mosqueiro:
O pastel é feito nas vistas do freguês e sai quentinho, pronto pra ser degustado. Já virou uma atração na ilha e é parada obrigatória de quem passa pelo Ariramba. Tenho certeza que sobrou um espacinho depois de toda comilança na Vila. Pegue um pacotinho de pastel e siga direto pro Hotel Farol.
– Hotel Farol:
Lá no final da Praia do Farol, onde o vento faz a curva, está o Hotel Farol que faz parte da história de Mosqueiro. Com a arquitetura original e mobília conservada, preservando os ares de antigamente, o hotel é daqueles lugares que queremos ficar por um longo tempo. As louças tem cara de casa da vovó e o espaço é acolhedor, tanto para os hóspedes como para quem tá só de passagem. Vá para a área externa e curta a vista privilegiada da Ilha do Amor. O pôr do sol faz o resto. Aproveite o serviço de bar e restaurante!
Preço: As diárias variam de R$140 à R$220.
Por Dani Filgueiras, Colunista Pará Trip