Ribeirinhos, empresários do turismo e da cadeia produtiva do cacau, jornalistas, influenciadores digitais, representantes de órgãos estaduais do turismo, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/Pará) e do Rotary Club, bem como os demais envolvidos na cadeia produtiva do turismo, estiveram reunidos no último domingo (29) a bordo da embarcação “A Barca”, para participarem do evento “Embarque Networking”, promovido pela NVX Experience Designer, em Belém.

O grupo partiu do Espaço Naútico (Guamá), com destino à Ilha do Combu, a fim de conhecer as iniciativas de turismo sustentável na ilha. Durante o trajeto da viagem, os participantes tiveram a oportunidade de contemplar a paisagem natural amazônica, expressa nas belezas da região representadas por rios, fauna e flora. Ainda, no trajeto, foram agraciados com uma degustação de chocolates produzidos no Pará, iguarias regionais, sucos naturais, açaí e, claro, muita interação (networking para trocarem ideias e informações sobre a pauta do turismo.

Para Evandro Valente, representante do Rotary Club, o evento foi relevante, já que proporcionou a conexão entre pessoas e negócios turísticos que impactam a sociedade. “Para ser um rotariano é preciso ter um propósito na vida, que impacte a vida das pessoas, e estar envolvido nesse propósito. Estas duas características de um rotariano têm tudo a ver com este evento”.

O setor produtivo do cacau – que estava participando do Festival Internacional do Chocolate e do Cacau (Chocolat Amazônia e Flor Pará 2024) – marcou presença no “Embarque Networking”. Os empresários desse segmento enalteceram a importância de conectar o setor do cacau com o turismo.

“Em Altamira, temos a Rota Turística do Cacau e do Chocolate, que engloba cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia e Uruará; e oito empreendedores que com seus empreendimentos proporcionam que o turista vivencie desde a plantação do cacau até o produto final: o chocolate”, destacou Eliana Couto, Secretária Municipal de Turismo de Altamira.

O empresário William Faria, da Xingu Adventure, reforça que Altamira é um destino turístico imperdível. “Para além de realizar a Rota Turística do Cacau e do Chocolate, é possível fazer passeios náuticos no Rio Xingu. É o turismo de aventura e de natureza!”, pontuou.
Aliás, os atrativos turísticos de Altamira têm direta relação com o turismo da Ilha do Combu, em relação aos passeios náuticos, o turismo de natureza e a vivência com os nativos.

Já na ilha, os participantes do “Embarque Networking” conheceram a primeira agência de turismo receptivo da Ilha do Combu: a Agência Samaúma Eco Turismo.

Em parceria com a empresa Amazônia Aventura, a Agência Samaúma Eco Turismo mostra, ao turista que for à Ilha do Combu, toda a cadeia produtiva do açaí. A trilha do açaí começa ao entrar na floresta para ver o processo da colheita do açaí no topo da palmeira até o batimento do fruto para extrair o sumo e deliciar-se com o açaí apanhado e feito na hora.

“Somos a primeira agência da Ilha do Combu, criada por pessoas que são daqui e moram aqui. Somos especialistas em roteiros pelas ilhas e queremos muito mostrar aos turistas a vivência ribeirinha”, conta Ana Alice, proprietária da Agência Samaúma Eco Turismo.

Após a apresentação da trilha do açaí na Ilha do Combu, deu-se a conhecer o trabalho desenvolvido pela Associação das Mulheres Extrativistas do Combu (AME), que produz produtos desenvolvidos a partir do caroço da andiroba.

“A Andiroba é medicinal; ela hidrata; tem poder cicatrizante; cura doenças na garganta; e é muito boa. A partir do processo de colheita e cozimento do caroço, retiramos a massa, que fica por um mês de molho. Logo após esse período, tiramos a casca dessa massa e deixamos por mais três dias e, depois, temos que amassar de manhã e de tarde, para, aí sim, extrair naturalmente o óleo da andiroba. Com esse óleo, vamos produzir artesanalmente os sabonetes, xampus, repelentes e, agora, também hidratante labial”, explica Daniele Rayol, presidente da AME Combu.

Na sede da entidade, os turistas podem ver e vivenciar todo o processo da colheita e da produção dos artigos finais, feitos com o óleo da andiroba.

O trajeto entre Belém e a ilha foi realizado com segurança e conforto proporcionados pela embarcação “A Barca”. “Por sermos uma embarcação maior, com capacidade para até 220 pessoas, os passageiros são transportados com segurança e privacidade, e servidos por uma tripulação qualificada”, explica Gabriela Moreira, proprietária da “A Barca”.

Ao retornar a Belém, a NVX Experience Designer fez uma homenagem ao Sebrae-Pará, pelo apoio à cadeia produtiva do turismo. “O Sebrae está aqui neste evento com 22 empreendimentos que acreditaram no projeto Turismo Brasil. Só tem um jeito de avançar no turismo: é com a cooperação de todos!”, frisou Norma Oliveira, Sebrae-Pará.

Texto e Imagens: Isa Arnour, Site Pará Trip

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