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Artistas paraenses assinam exposição permanente no Mercado de São Brás

O novo Mercado de São Brás, restaurado e requalificado pela Prefeituta de Belém, ressurge como templo vivo da arte e da cultura paraense. O complexo passa a apresentar uma exposição permanente com obras assinadas por seis grandes nomes da fotografia, artes plásticas e artes visuais. As peças estão distribuídas nos ambientes interno e externo do complexo, para a contemplação pública.

Três obras que representam a linguagem e a cultura regional ocupam os canteiros internos e, outros três paineis, são expostos nas paredes do mezanino. Emanoel Franco, Geraldo Teixeira, Fernando Pessoa, Bob Menezes, Jorge Eiró e Andy Santos foram os artistas selecionados para compor o cenário com obras que remetem à cultura paraense, à função do mercado e à história representada pela edificação de 1911.

Multilinguagens artísticas

“O Mercado de São Brás passa a ser um complexo de gastronomia e cultura, um espaço de lazer para belenenses e turistas, que, dentro dessa proposta, refletirá as multilinguagens artísticas de Belém, do Pará e da Amazônia. Por isso, artistas de diferentes abordagens e diferentes gerações somam seus afazeres artísticos a esse belo espaço, com obras, em diferentes materiais, que trazem maior beleza a esse belo presente que preparamos para a cidade de Belém”, declara o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues.

A obra “Pássaros dos Rios”, do artista plástico Emanuel Franco, fica na área externa do Mercado e representa os lemes de embarcações regionais, que fazem alusão à realidade ribeirinha amazônica. Esses lemes são representados em diferentes formatos e cores, traduzindo uma característica peculiar presente na confecção dos mesmos. Emanuel Franco é um dos mais renomados artistas locais, com produção artística desde a década de 1970, atualmente é diretor do Museu de Arte Sacra.

“A ideia era construir uma obra que remetesse à história do Mercado de São Brás, um grande receptor de mercadorias vindas do interior do estado. Os lemes fazem parte da nossa característica ribeirinha e, por isso, eu pensei nelas para compor o Mercado. O “Pássaros dos Rios” é uma obra tridimensional composta por sete lemes das embarcações regionais”, explica o artista.

Geraldo Teixeira, outro artista plástico convidado, também preparou uma obra com referência histórica ao Mercado. O monumento “Sinalizadores Ferroviários – Estrada Belém-Bragança” é composto por três peças de 4,27 metros de altura por um de diâmetro e ficará também num dos acessos ao Mercado. Geraldo Teixeira também começou a carreira na década de 1970, com exposições coletivas individuais pelo Brasil e no exterior.

“Quero fazer as pessoas lembrarem que ali era o ponto de embarque e desembarque dos passageiros da Estrada de Ferro Belém-Bragança, e a importância da estrada para a existência do Mercado de São Brás”, explica o artista, que, além do monumento, foi responsável pelo resgate do desenho dos ladrilhos originais, que agora estão sendo colocados em todo o mercado.

“Saber que a nossa obra e nosso nome vai, a partir de agora, estar ligada à história do Mercado e para o futuro, é uma honra. O Mercado é um marco histórico de afeto. Ele está ligado à vida das pessoas de Belém e é um símbolo afetivo de amor pela cidade”, relata Geraldo Teixeira.

Painéis

Outro artista que produziu obra para o Mercado foi Jorge Eiró, que confeccionou um painel para uma das paredes do mezanino do novo prédio, com o objetivo de contar a história do local e do entorno dele. O painel intitulado “Uma Cartografia Afetiva do Mercado de São Brás”, é composta com base em três mapas de Belém de diferentes épocas, nos quais se destaca o Largo de São Brás. O painel terá 3,60m por 2,20m de altura, composto por três partes.

Além disso, as paredes do mezanino receberão as obras do fotógrafo Bob Menezes e do artista visual Andy Santos.

Inauguração

A Prefeitura de Belém vai entregar o Mercado de São Brás totalmente reformado no próximo dia 13 de dezembro. As obras no Complexo foram iniciadas há 16 meses e o investimento é de R$ 125 milhões, sendo R$ 85 milhões de recursos do governo federal, por meio da Itaipu Binacional.

Fonte: Agência Belém