O professor do curso de Turismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e pesquisador de gastronomia da Amazônia Álvaro Espírito Santo foi homenageado no dia 2 de dezembro de 2024 pela Academia Brasileira de Gastronomia, recebendo medalha e diploma, que representaram o seu ingresso na academia.

Álvaro Espírito Santo tem a seu favor a motivação de continuar o seu trabalho de pesquisa sobre a gastronomia da Amazônia, um desafio ainda maior, agora como membro da academia, para além do trabalho dele que irá contribuir de forma direta no desenvolvimento da gastronomia brasileira no geral. Confira a entrevista que ele concedeu ao Pará Trip.

Pará Trip: O que representa esse reconhecimento?

AES: A presença do Pará na Academia Brasileira de Gastronomia, por meio de dois profissionais [Álvaro Espírito Santo e Fábio Sicilia], representa o reconhecimento da importância da comida da Amazônia no contexto da gastronomia brasileira, notadamente por uma peculiaridade: o caráter ancestral dos hábitos alimentares amazônicos.

Pará Trip: Como será a sua contribuição para Academia Brasileira de Gastronomia?

AES: Minha contribuição será direcionada para ampliar a dimensão científica, a partir das realizações de pesquisas, intercâmbios com centros de estudos científicos e publicações especializadas sobre os diversos aspectos da gastronomia brasileira.

Pará Trip: Como o senhor avalia o atual momento da gastronomia do Pará, sendo Belém uma “Cidade Criativa da Gastronomia”, reconhecida pela Unesco e futuramente sede da COP 30?

AES: Acho tímida no aspecto promocional. O mercado da gastronomia é competitivo e as iniciativas de promoção da gastronomia paraense, comparando-se com a estratégia de outros lugares, por exemplo: Minas Gerais, é incipiente.
No aspecto da oferta de serviços de restaurantes, percebo um empenho das empresas em apresentar novos produtos ao mercado. Dois exemplos: “Amazônia na Cuia” e “Point do Açaí”. No que tange ao processo de capacitação, em função da COP-30, foi ampliada significativamente a oferta de oportunidades de qualificação.

Por Isa Arnour, repórter do site Pará Trip