Está aberta a temporada de mergulhos nas piscinas naturais que estavam “escondidas” no Pará. Um prova disso é só observamos as nossas redes sociais para constatar o quanto os nossos amigos – reais e virtuais – tem postado fotos e feito check-ins em lagos verdes formados por olhos d’água. Alguns destes lugares, inclusive, já foram indicados aqui no Pará Trip. Por isso, antes mesmo de eu apresentar um novo roteiro por estes paraísos de águas cristalinas, queria agradecer a você, que nos acompanha e arruma as malas – no meu caso, a mochila – para embarcar nas viagens que o portal te sugere.

Eu não poderia começar esse as dicas sem rememorar com vocês alguns lugares por onde passei e que já sugeri na coluna. Isso é importante para que todos tenhamos uma dimensão de que não importa a região do Estado em que a gente vá ou esteja, sempre vai ter uma maravilha para ser descoberta.

No geral, estas piscinas e lagos naturais estão localizadas em sítios particulares e a entrada é cobrada – geralmente valor simbólico de até 5 reais por pessoa, fora da alta temporada. Lugares rústicos, cercados por extensa e vegetação e que precisam ser preservados. Por isso, deixo a dica de quando forem terem bastante cuidado com o lixo que será produzido.

Região Metropolitana de Belém

Na grande Belém, a dica de mergulho refrescante é o balneário Meu xodó, que fica na estrada (ou ramal) do Genipaúba, em Santa Bárbara do Pará. A entrada para o balneário fica a 8 quilômetros após a PA-391 (estrada que leva para Mosqueiro). Um grande lago em que os proprietários dividiram em três piscinas divididas por pontes de madeira que o banhista caminha – como se andasse sobre as águas – e se refresca.

Marajó

Salvaterra, no arquipélago do Marajó, também apresenta piscinas naturais escondidas. A que tive a oportunidade de conhecer foi o do balneário José Craveiro de água esverdeada e bem geladinha. Este paraíso confirma a beleza da região e o muito que a natureza nos revela e proporciona.

Esta propriedade está localizada no bairro Nova Colônia e o acesso é por uma trilha, que em alguns trechos é cercada por vegetação nativa. Não é difícil encontrá-la. Na cerca de arame farpado placas informam que se trata de uma área particular.

Nordeste paraense

Capanema

Uma trilha de terra batida leva até o balneário “Lagoa Azul”, num ramal na altura do KM 157, da rodovia BR-308, que corta o município de Capanema. O roteiro atrais grupo de ciclistas (pedaleiros) de cidades próximas, tais como Capitão Poço e Ourém. Rola muito passeios de excursão (popular pic-nic) por lá.

De carro, partindo do centro de Capanema, o percurso demora menos de 15 minutos. De bicicleta pode levar até uma hora. O percurso começa na rodovia BR-308, no sentido em direção a Bragança. Parte da estrada compõe a rota turísticas “Belém-Bragança”.

Na altura do Km 157, está a ponta do ramal que leva até o balneário. Uma placa sinaliza o trajeto. A partir daí o percurso é de terra batida, começando uma aventura que tem a mata de um lado e um terreno de fazenda do outro.

Igarapé-Açú

Vista do alto, a piscina natural Lagoa Azul, em Igarapé-Açú, parece até um desenho – uma película – na paisagem formada por árvores frutíferas e vegetação densa. O balneário é formado por olhos d’água que formam uma piscina natural que encanta quem visita o lugar. O lago de águas claras, transparentes e esverdeadas, fica a 13 quilômetros da sede do município e o acesso se dá por uma estrada de terra batida. O ramal fica no lado direito de quem segue no sentido de Igarapé-Açu à Timboteua, pela PA-320. A lagoa fica num sítio. A entrada é cobrada (aos domingos custa 5 reais). A dona do espaço é super simpática (mas confesso que esqueci o nome dela).

Um restaurante com comidas caseiras funciona no balneário.

Tailândia

Tailândia, no nordeste paraense, me surpreendeu em todos os sentidos nas duas vezes em que passei pela cidade. Lá conheci três paraísos formados por piscinas naturais lindas e que ficam próximo ao centro da cidade. Sendo eles, Clube Recreativo Fachetti (que já tem uma infraestrutura mais ‘urbana’), Parque Verde e São Luis (rústicos). Estes dois últimos ficam em estradas vicinais que cortam Tailândia e não cobram ingresso, no entanto é importante que haja uma consumação no local.

Conheci o balneário do Seu Luís (também chamado de São Luís) numa sexta-feira e posso dizer que o lugar era todo nosso. Bem diferente do final de semana, quando fica lotado. O sítio do seu Luis fica distante a uns 4 ou 5 quilômetros da PA-150. A entrada é semelhante ao portão rústico de uma fazenda. Tem uma placa indicando que ali fica o balneário.

Quando a gente chega ao igarapé sente um forte um cheiro de pasto. Isso porque funciona um curral ali perto – inclusive também rende fotos. Areias brancas no fundo e alguns troncos de árvores completam a paisagem submersa. A água é geladinha em alguns pontos. Levar a capinha subaquática para o celular ou a gopro é obrigatório.

O Clube Recreativo Fachetti fica distante a cerca de 15 minutos do centro da cidade. Seguindo pela PA-140, no sentido em direção a Marabá, o acesso ao balneário é por um ramal. Da rodovia até o clube, são cerca de 800 metros de estrada de piçarra. O espaço fica numa propriedade privada e a entrada é paga. Há vagas para estacionamento.

O Fachetti é um lago natural em que o proprietário da terra construiu duas piscinas e um pequeno “córrego”. O seixo contrasta com o espelho d’água verde e cristalino, transmitindo uma beleza particular. É impossível resistir a um mergulho.

Já o balneário Parque Verde, ele mantém a estrutura rústica de um igarapé, mas de águas também verde e cristalinas. O espaço fica na estrada vicinal, cujo acesso também é pela rodovia PA-150, no sentido Marabá.

Ao contrário do Fachetti, o Parque Verde não é tão próximo da área urbana. Da rodovia até o balneário são cerca de 8 Km de estrada de terra. A lama durante a chuva tornam a Vicinal perigosa para tráfego de veículos, mas a aventura vale a pena. No trajeto algumas fazendas garantem a beleza da paisagem.

Por Denilson D´Almeida, Colunista Pará Trip