Um grupo de jornalista e formadores de opinião tiveram a oportunidade de visitar as obras do Mercado de São Brás, na tarde dessa segunda-feira (16), em Belém.

Os profissionais da comunicação, convidados pela Prefeitura de Belém, puderam ver de perto toda a magnitude das novas instalações do espaço que promete ser a nova “joia” do turismo da capital paraense.

Ao entrar no mercado pela Praça Floriano Peixoto, o visitante tem à vista o prédio central e, logo ao térreo, escadas rolantes e elevadores panorâmicos. O Mezanino 1 abrigará lojas de artesanatos, quiosques e espaços gastronômicos; o Mezanino 2 terá quatro restaurantes gourmet. Já o subsolo abrigará estacionamento para mais de 200 carros. No entorno do prédio central, haverá espaços para abrigar tanto os 193 feirantes remanescentes quanto os novos locatários. O mercado, ao final, totalizará, aproximadamente, 323 empreendimentos.

O presidente da Codem, José Akel Fares Filho, explicou que o grande diferencial do novo Mercado de São Brás será o convívio entre o mercado formal (restaurantes e lojas) e o mercado informal (quiosques e lojas da feira popular, com vendas de produtos regionais), que ocuparão o espaço. “Teremos ainda nesta semana a publicação do chamamento público para todos aqueles empresários e empreendedores interessados nos espaços do mercado”, revelou.

Com a autoestima renovada e a expectativa de um futuro alegre para o Mercado de São Brás, a vendedora de ervas, Rosana Martins, conta a emoção e a felicidade de ver a revitalização avançar. “Se eu não conhecesse este espaço há 30 anos, não reconheceria agora, do jeito que está ficando com essa reforma. O mercado está lindo, tomou outra vida! Estamos recebendo uma jóia que certamente trará a população e o turista para este espaço”, destaca.

O engenheiro civil Leonardo Santos, responsável pela obra de reforma do mercado, ressalta que o maior desafio foi aliar as novas tecnologias ao patrimônio histórico. “Fazer grandes escavações próximas de estruturas centenárias, com muito cuidado para não afetar o patrimônio, foi desafiador. Mantivemos 99% das origens históricas e apenas 1% da estrutura do prédio foi requalificada”, explica.

Segundo Santos, o Mercado de São Brás terá uma estrutura de fácil manutenção e de fácil acesso. O exemplo são as luminárias, compradas diretamente de empresas nacionais, com garantias.

As obras do Mercado de São Brás serão totalmente entregues no final do mês de novembro próximo. O investimento do projeto gira em torno de 118 milhões de reais, provenientes de recursos municipais e federais. A obra já gerou 3.500 empregos diretos e indiretos.

Exposição “Renascimento”

Enquanto a obra total do Mercado de São Brás não é concluída, a população e os turistas já podem contemplar, a partir desta terça (17), quer dos espaços externos na Praça Floriano Peixoto, quer do prédio na lateral que abrigará a exposição permanente “Renascimento”.

Rosa Arraes, curadora da exposição conta que são 9 painéis com uma linha do tempo da história do Mercado de São Brás, desde os tempos histórico, passando por todos os momentos de complexidade, a inauguração da Praça Floriano Peixoto, a localização próxima da ferroviária, o abandono e o novo projeto que culminou com a obra atual.

Projetado pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, o Mercado de São Brás foi construído em 1910 e inaugurado em 1911. Para além da planta arquitetônica do mercado, Filinto Santoro trouxe da Itália alguns materiais e trabalhadores para a obra de um mercado moderno, que desde aquela época já possuía frigorífico para carne, bolsa para os comerciantes negociarem, vendas locais de atacado.

Enfim, muitos outros fatos históricos podem ser vistos na exposição.

Por Isa Arnour, site Pará Trip.