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Quem nunca visitou galerias de arte, não sabe o que está perdendo

Tem gente que acha que visitar galerias de arte é coisa pra quem entende ou é coisa chata. Sabe de nada inocente!!! Galeria é uma ótima oportunidade para conhecer a história de alguém ou até mesmo de algum lugar ou período histórico. É bacana pra entender as várias formas de manifestação de arte e tipos de materiais que dão vida a essas manifestações e nem precisa saber nadica de nada pra gostar de uma exposição ou obra.

Belém tem várias galerias, algumas estão dentro de museus, instituições públicas e privadas, como é o caso do Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará, do Tribunal Regional Eleitoral do Pará, e a Galeria de Artes Graça Landeira, da Unama, além das galerias que são exclusivamente galerias, como é o caso da Elf Galeria. Muitos desses espaços abrigam tanto exposições permanentes, como temporárias, como a Casa das 11 Janelas e do Museu da UFPA. O bom disso é que a gente sempre tem motivos pra voltar a esses lugares e aproveitar pra conhecer ou revisitar os outros ambientes desses espaços.

No roteiro de hoje a dica é pra conhecer 4 galerias que estão dentro de dois espaço que fazem parte da história de Belém. #PartiuCidadeVelha

– Palácio Antônio Lemos: Vamos começar o tour pelo Palácio Antônio Lemos que foi construído em 1883 para ser o Palácio Municipal e hoje é a sede da Prefeitura Municipal de Belém. Nele também está abrigado o Museu de Artes de Belém – Mabe (que está temporariamente fechado para reforma) e as Salas Antonieta Santos e Theodoro Braga, que recebem exposições temporárias.

– Sala Theodoro Braga: Comece a sua visita pela exposição Imagens de Fé, na Sala Theodoro Braga, que traz imagens da maior festa do povo paraense, o Círio de Nazaré. Os registros dos fotógrafos Alessandra Serrão, Fernando Sette, Oswaldo Forte e Tássia Barros apresentam os detalhes dessa festa que atrai uma multidão de fé em Nossa Senhora de Nazaré. Saia pela porta que dá acesso ao pátio central do prédio, só pra dar uma espiadinha nessa área (que não é aberta à visitação) e num pulo estará na recepção do prédio onde estão duas obras permanentes: uma construção artística e uma tela.

O “Entre Duas Margens”, construção artística/mista do artista Klinger Carvalho, é uma canoa cercada por cipós, como uma gaiola, que caracteriza bem o trabalho do artista que se inspira no cotidiano ribeirinho.
Acima da escultura está a tela “Doca do Ver o Peso”, óleo sobre tela, datada de 1926, do artista Ângelo Guido. A obra mostra os barcos ancorados com o Mercado de Ferro ao fundo. Nessa área dá pra apreciar a escadaria (linda) que leva ao museu e o teto de gesso que mais parece uma renda.

– Sala Antonieta Santos: a 34ª Exposição Individual de Artes Plásticas faz uma retrospectiva (1978/2018) do trabalho de Lassance Maya. Uma ótima oportunidade de conhecer o trabalho do artista paraense que trabalha com diversos materiais como cerâmica, acrílico e papel. Não deixe de observar o piso dessa sala. É um mosaico cheio de detalhes, uma atração à parte.
Dica Plus: por volta as 10h a Eliana passa em frente ao palácio vendendo pupunha.
Endereço: Praça Dom Pedro II s/n
Horário: 9h ás 16h (de terça à sexta)
Ingresso: Grátis

– Palácio Lauro Sodré: Bem ao lado do prédio da prefeitura de Belém está esse palácio incrível. A antiga residência de governadores do Estado abriga móveis, artefatos e telas que remetem à história da capital e do estado do Pará. Mas o roteiro não é para o palácio Lauro Sodré, mas para as galerias que estão com a exposição “SARAMAGO – os pontos e a vista”, em cartaz até o dia 17 de fevereiro.

– Galeria Antônio Parreiras e Sala Manoel Pastana: Os dois espaços ficam no piso térreo do MEP e são geralmente usados para exposições externas, sessões de cinema e rodadas de conversa. Eles foram totalmente ocupados para contar um pouco da história do escritor português José Saramago. Curiosidades de família, a vida ao lado da esposa Pilar Del Río, as obras, os prêmios e até objetos pessoais do autor estão apresentados aos visitantes de forma interativa. Reserve pelo menos duas horas para essa visita e se delicie com esse presente que Belém recebeu. Mesmo que você não conheça Saramago ou nem goste da obra dele (o que é bem difícil), vá à exposição. É diversão garantida e um carinho pra alma.
Endereço: Praça Dom Pedro II s/n
Horários: De terça a sexta, das 10h às 17h; sábado, domingo e feriados, das 9h às 13h
Ingresso: Grátis

Por Dani Filgueiras, Colunista Pará Trip